Você já ouviu falar nas CALMS? Pois bem, conhecer a composição dessa sigla, e também a sua importância para o mercado atual, é indispensável para que a sua empresa conquiste os resultados esperados com a implantação de um sistema DevOps, seguindo estes pilares.

Baseado na união dos conceitos de cultura, automação, lean IT, mensuração e compartilhamento, esse conjunto de cinco pilares propõe trazer uma composição de elementos na implantação do DevOps com uma série de benefícios para que as equipes atuem de forma integrada e com foco em entregas mais ágeis, estáveis e com alta qualidade.

Porém, se você ainda não está por dentro do assunto, não precisa se preocupar. No artigo de hoje, vamos falar um pouco mais sobre cada um desses princípios e mostrar como a sua aplicação pode trazer transformações bastante positivas à cultura da empresa.

Então, continue a leitura para ficar bem informado e vamos juntos nos aprofundar nesse novo conteúdo!

1.  Culture (cultura)

Vamos começar falando sobre um dos principais pontos a serem desenvolvidos para que a empresa conquiste resultados mais efetivos na implantação de DevOps: uma cultura corporativa altamente dinâmica e focada em inovação. Afinal de contas, para que os processos caminhem de acordo com o esperado, é importante que todos os times estejam alinhados com as novas práticas e atuem de forma integrada.

Dessa forma, é possível obter um sistema realmente colaborativo, em que os profissionais engajados vestem a camisa da empresa e trabalham juntos em prol do crescimento dos negócios como um todo, indo além das rotinas de seu próprio departamento para estabelecer uma relação ativa com as demais áreas.

Um dos grandes desafios da transformação proposta pela implantação de DevOps é que, em organizações orientadas a especialistas e silos, tradicionalmente é cultivada uma cultura da culpa que está na contramão da evolução criativa de melhorias e de aprendizado contínuo. Em ambientes como esses, podemos observar que:

  • o fluxo de valor é desmembrado para atender objetivos particulares e — às vezes — conflitantes entre as partes;
  • a meritocracia individual é estimulada, alavancando modelos de punição severos e resultando em um clima de inibição e medo
  • as falhas e fragilidades são camufladas
  • falta engajamento e responsabilidade no processo como um todo
  • a qualidade é comprometida e os desperdícios são tolerados ao extremo.

Esses são alertas constantes para que a empresa estabeleça mecanismos de proteção nas equipes e faça com que os erros apareçam, permitindo que o aprendizado e a exposição das fragilidades de tornem visíveis para implementar soluções robustas em forma contínua.

E, para que uma nova cultura criativa seja colocada em prática, é importante estimular mecanismos que desenvolvam o senso crítico frente às falhas, o senso coletivo de responsabilidade frente ao mérito individual, com estímulos de aprendizado contínuo para a realização de melhorias.

É necessário investir não apenas em capacitação contínua, mas também em outras iniciativas que colaborem com o relacionamento interpessoal entre as equipes de desenvolvimento, infraestrutura, segurança, qualidade e operações. Assim, gera-se um clima organizacional positivo e uma estratégia de comunicação eficiente entre os diferentes departamentos, por meio da qual os resultados são materializados e celebrados de forma constante, e o reconhecimento e a constatação de realização de resultados é consolidada.

Por fim, esse engajamento tem influência direta nas entregas finais, trazendo ganhos significativos em agilidade, qualidade, além de reduzir o índice de falhas e a necessidade de retrabalho.

2.  Automation (automação)

Automatizar os processos é uma das ações do DevOps de maior importância para garantir entregas cada vez mais ágeis e com bons índices de sucesso. Ao reduzir ou eliminar o trabalho manual repetitivo, essa dinâmica traz diversas vantagens ao dia a dia corporativo, como:

  • diminuição de erros, do empirismo, dos esforços artesanais e da necessidade de retrabalhos;
  • documentação e padronização de cada passo do processo;
  • criação de sistemas mais confiáveis;
  • possibilidade de escalabilidade e resiliência;
  • rapidez na recuperação como também maior aprendizado das soluções;
  • minimização do trabalho repetitivo e a reorientação dos esforços e decisões humanas em exploração do seu potencial criativo;
  • facilidade na identificação de pontos de melhoria.

Ao contrário do que muitos pensam, esse processo não visa substituir o capital humano por sistemas tecnológicos — ou mesmo robôs —, reduzindo o número de postos de trabalho e as oportunidades para os profissionais da área.

Na verdade, ao automatizar determinadas tarefas, as equipes terão mais tempo hábil para desenvolver suas competências e se tornarem cada vez mais capacitadas a criar soluções que destaquem as operações da companhia no mercado.

Por isso, é essencial que essa trajetória de automação das atividades corporativas seja construída com bastante cautela, para que as atualizações sejam incorporadas com facilidade pelos diferentes departamentos, sem gaps, problemas de compatibilidade ou erros futuros.

3.  Lean IT

Embora o estabelecimento de uma cultura organizacional baseada em DevOps e a automatização dos sistemas sejam de extrema importância, para colocar essas etapas em prática é essencial que a empresa conheça tanto os gargalos quanto os desperdícios em seus processos.

Nesse aspecto, o conhecimento em Lean IT permite que os empresários realizem um mapeamento das diferentes etapas e fluxos — da criação do produto à entrega aos clientes finais. A partir daí, é possível identificar os pontos de melhoria e corrigi-los com mais eficiência.

Entre os pontos que exigem uma atenção especial, podemos destacar:

  • o estabelecimento de um senso de urgência;
  • a implantação de um fluxo de uma peça;
  • a diminuição do tamanho do lote.

Esses três aspectos são fundamentais para reduzir riscos e ganhar estabilidade junto aos benefícios da agilidade. E o resultado é um processo de melhoria contínua e uma otimização dos processos de forma geral, com aumento da qualidade dos serviços e do relacionamento entre os departamentos.

4.  Mesurement (mensuração)

Esse pilar é imprescindível para que a empresa consiga medir os impactos da implantação do DevOps no ambiente corporativo, gerar um feedback com os pontos altos e baixos da aplicação dessas nova cultura, além de criar um embasamento que contribua com a evolução dos negócios.

Atualmente, já existem diversas ferramentas que permitem avaliar o desempenho conquistado com o DevOps em diversos segmentos, como:

  • sucesso das novas tecnologias implantadas internamente;
  • rendimento das equipes;
  • desperdícios (esperas, retrabalho, erros e falhas);
  • índice de entregas realizadas e velocidade de implantação;
  • resposta e satisfação do cliente final.

A análise desses dados é essencial para o processo de tomada de decisões, além de auxiliar a previsão de possíveis erros futuros, assegurando a sua resolução com eficácia e no menor tempo possível.

No entanto, devemos ter em mente que o DevOps integra e redefine todas as disciplinas e práticas que compõem as atividades da TI. E, uma vez que cada uma delas tem seus próprios índices e métricas integradas no fluxo de valor, não devemos apenas definir padrões parciais, mas sim focar no contexto do fluxo de uma peça de ponta a ponta.

5.  Sharing (compartilhamento)

Por fim, mas não menos importante, assegurar uma comunicação objetiva e transparente entre os times é outro dos pilares que contribuem ativamente com o sucesso da companhia e com a criação da cultura colaborativa que abordamos no primeiro tópico deste conteúdo.

Na prática, esse compartilhamento ajuda a descentralizar o conhecimento organizacional, equilibrando o nível de informações obtidas pelos colaboradores. Dessa forma, as equipes se tornam mais autônomas e o fluxo de dados se torna autossustentável, sem depender das capacidades de profissionais específicos isolados para direcionar o trabalho.

Além disso, outro benefício trazido por essa postura é o aumento do comprometimento com as metas e os objetivos da companhia, já que todas as equipes são responsáveis pela conquista de resultados cada vez melhores, estabelecendo, assim, uma relação de confiança mútua.

É importante observar, por fim, que para que uma estratégia de DevOps funcione com sucesso, é essencial que esses cinco pilares que apresentamos aqui se desenvolvam de forma conjunta dentro da empresa.

Dessa forma, é possível criar equipes altamente capacitadas e processos ainda mais eficientes, elevando o potencial competitivo da companhia e preparando-a para atender de forma eficaz as novas demandas geradas pela transformação digital.

E a sua empresa, está preparada para essa nova realidade? Então, temos aqui uma ótima dica: para atender com agilidade às tendências mais atuais — sem perder de vista a qualidade nas entregas e nas rotinas corporativas — é importante contar com um suporte especializado. Nesse aspecto, a HNZ oferece as soluções que o seu negócio precisa!

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