Quer entender melhor o que é o Gradle e como utilizá-lo? Essa poderosa ferramenta, que integra um sistema avançado de automatização de builds, é muito valiosa para desenvolvedores. Atualmente, o Android Studio e o Hibernate já usam o Gradle por padrão, então, vale a pena conhecer melhor e entender como utilizá-lo, né?
Para contextualizar melhor e explicar o que são sistemas de build, vamos tomar como exemplo um app para Android que está sendo desenvolvido. Você precisa empacotar tudo e distribuir para seus usuários e, nessa hora, tem o auxílio dos sistemas de build, responsáveis por “pegar” automaticamente todos os recursos e usar ferramentas especificas em um grupo de arquivos, empacotando tudo em um .apk, no caso do Android.
Você, desenvolvedor, não pode deixar de conhecer o Gradle, para que ele serve e aprender a usá-lo da melhor forma. Acompanhe as nossas dicas a seguir!
O que é o Gradle?
Gradle
O Gradle é um sistema avançado de automatização de builds. Sua principal característica e vantagem é que ele une o melhor da flexibilidade do Ant com o gerenciamento de dependências e as convenções do Maven.
Os arquivos de build do Gradle são scripts escritos na linguagem Groovy, ao contrário dos formatos de construção do Ant e Maven, que usam arquivos XML para a configuração.
Como são baseados em scripts, os arquivos do Gradle permitem que você realize tarefas de programação em seu arquivo de configuração. Há, ainda, um sistema de plugins que adicionam funcionalidades extras ao core.
Antes do Android Studio, o Eclipse era muito utilizado para o desenvolvimento com Android. A ferramenta não era obrigatória, mas muito utilizada.
Com o Gradle, o processo ficou muito mais simples, já que ele pega automaticamente todos os arquivos fonte (.java ou .xml), aplica as ferramentas apropriadas (por exemplo, pega as classes Java e as converte para arquivos dex). e agrupa todos eles em um único arquivo comprimido, o APK.
Agora, o Gradle se transformou em uma ferramenta tão importante que Android Studio e Hibernate já estão usando a ferramenta por padrão.
Quer aprofundar seus conhecimentos sobre o Gradle? Dois livros interessantes para ler são Building and Testing with Gradle e Gradle Beyond the Basics.
Quais são os conceitos básicos do Gradle
Tudo no Gradle se resume a dois conceitos básicos:
Projects
Toda build da ferramenta é feita a partir de um ou mais projects, então, a representação de project dependerá de como você utilizará o Gradle.
Você pode, por exemplo, ter um project que representa um JAR ou até mesmo uma aplicação web. Um project não necessariamente representa coisas que serão construídas, mas também pode representar coisas que serão feitas, como o deploy de sua aplicação para ambientes de homologação ou produção.
Tasks
Cada project é feito de uma ou mais tasks. Cada uma significa um pedaço de trabalho que uma build vai executar. É possível ter tasks que fazem a compilação de classes, criação de JARs e até mesmo a publicação de arquivos para um repositório específico.
Por que vale a pena usar o Gradle?
Gradle
O Gradle é um build system muito moderno, que reúne as melhores características de outros sistemas de build em um só. Com ele, é possível escrever código em Java para executar seus scripts durante o build – algo ideal para os programadores Java.
Outra coisa muito vantajosa do Gradle é que ele funciona baseado em plugins. Isso permite que desenvolvedores de outras linguagens possam criar seus próprios scripts para que, durante a compilação, outras tarefas sejam executadas.
Ele dispensa a necessidade de os desenvolvedores aprenderem outras linguagens, como Groovy, diminuindo a curva de aprendizado.
O Gradle é tão vantajoso que até o Google o adotou. Inclusive, o Gradle se conecta ao Android Studio através de um plugin que o Google fez.
O que é possível fazer em um build script?
Um exemplo simples do que se pode fazer em um build script é copiar arquivos de uma pasta para outra durante o processo de build. Ou, ainda, fazer coisas no banco de dados do app, validar arquivos estáticos do projeto ou exportar uma biblioteca JAR das suas classes Java.
Além disso, é possível colocar instruções no Gradle para gerar diferentes apks na compilação, baseado na tecnologia dos dispositivos, como resolução, por exemplo.
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