DevOps é visto por muitas organizações como automação da agilidade. Ou seja, estas organizações realizam uma transformação ágil e inserem alguns profissionais especialistas em ferramentas para implementar algumas atividades automatizadas como pipeline, infraestrutura ágil e gestão de ambientes, testes automatizados, monitoração, orquestração, etc.

Estes profissionais são nomeados comumente de Engenheiros DevOps ou simplesmente de “DevOps”, se estruturam em equipes de automação e muitas vezes herdam as antigas atividades do SysAdmin. Alguns inclusive os associam com os SRE da Google, em um espaço e missão bastante ambiciosos de responsabilizá-los pela implantação do DevOps na empresa.

Mitos e desafios do engenheiro DevOps

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Esta visão tem alguns desafios e barreiras que gostaria de destacar, para estes novos cargos que estão sendo requisitados para estas organizações:

  • Sabemos que o fluxo de valor do trabalho de TI, é composto por muitas competências especialistas, que por sua vez, são acobertadas também por ferramentas específicas e particulares, super especializadas que não são fáceis de dominar por profissionais que não são da área. Dificilmente encontramos profissionais de TI, que tenham vivência em Infraestrutura e desenvolvimento simultaneamente. Isso faz ainda mais ficicil que dominem uma quantidade grande de ferramentas para conseguir aplicar as melhores no contexto particular.
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  • Existe aqui a necessidade analisar os processos atuais em um nível acima da automação, para decidir e otimizar atividades e práticas, determinar estratégias, formular planos de arquiteturas evolutivas que permitam evitar esforços de automatizar atividades que não agregam valor em desperdícios e retrabalho. Esta responsabilidade é de um envolvimento muito maior de profissionais que de cargos com competências exclusivas em automação.
  • A cultura DevOps, a orquestração de maneiras colaborativas e integradas de trabalhar, estimulando a empatia e espaços livre de culpa para eliminar desperdícios e aumentar a qualidade, expondo muitas vezes, situações e soluções que em ambientes tradicionais não desejariam ser vistos para não comprometer a competências dos tomadores de decisão, é de uma responsabilidade muito mais abrangente que a de somente alguém que automatiza.
  • Neste modelo se apresenta um perfil de profissional que passa a ser um novo “herói”, que sabe fazer tudo e muito mais, que trabalha em um silo, e responde em forma isolada frente a automação de tudo. Esta definição já é um anti-padrão DevOps já que estimula isolamento e não integração, que super-especializa e não desenvolve competências em times e o responsabiliza pelo sucesso do DevOps, tendo suas mãos atadas devido à pouca influência no restante da organização.

Conclusão

Se alguns autores mencionam esta competência de Engenheiro DevOps, esta sempre é direcionada a um papel que complementa os existentes, como Dev, Ops, Testador, Infra, Sec, etc. ou seja, está se sugerindo que os papéis existentes acrescentem a capacidade de “automatizar” suas atividades especialistas com ferramentas e scripts adequados à suas atividades e práticas. Quem melhor que quem executa, que pode automatizar o que faz, tirando melhor proveito do processo, calibrando o que for necessário para obter melhores resultados.

O grande desafio é poder estruturar papéis que permitam melhor orquestrar as competências especialistas de uma maneira mais colaborativa em processos que integrem um fluxo contínuo equilibrado, com entregas rápidas estáveis e seguras. O DevOps é neste sentido um movimento que exige aos profissionais adaptar as práticas existentes de maneira engajada frente aos resultados.

Quer entender um pouco mais sobre as funções do engenheiro DevOps? Assista ao vídeo abaixo!

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