Quer conhecer as principais metodologias ágeis utilizadas nas empresas? Apesar de uma gestão ágil não se tratar de uma ciência exata, existem metodologias que são mais implementadas e trazem resultados superiores. Por isso, é fundamental conhecer as mais utilizadas e como podem ajudar o seu negócio.

Os frameworks ágeis só existem em suas apropriações reais pelos times. E é exatamente dentro das equipes que eles também se transformam. Com isso, trazem configurações únicas, que podem se transformar em um mais novo método ágil.

Antes de mais nada, é fundamental compreender a base de uma metodologia ágil, que se baseia em pilares como:

  • Valores ágeis: os listados no Manifesto Ágil, que devem ser vividos e praticados pela equipe;
  • Conhecimento profundo das principais metodologias ágeis.

De acordo com o 15th State of Agile Report, as metodologias ágeis mais utilizadas são:

  • Scrum
  • Scrumbam
  • Kanban
  • Lean startup

A seguir, falaremos sobre elas e como sua escolha impacta os projetos de software!

Metodologias Ágeis mais utilizadas

Metodologias Ágeis

1. Scrum: framework mais usado pelas organizações

O Scrum é o framework ágil mais usado para desenvolvimento de software. Para muitas organizações, ele é a porta de entrada na agilidade.

Criado em 1993, por Ken Schwaber e Jeff Sutherland, como um contraponto ao desenvolvimento em cascata de softwares, o Scrum tem mecânica simples, baseada em um modelo incremental e iterativo, aliada à prática de valores ágeis.

Os times Scrum têm três papéis básicos: Product Owner, Scrum Master e Membros da Operação. Eles fazem o seguinte:

  • Product owner (PO): entende as necessidades dos stakeholders e conecta esse conhecimento com a equipe. Lidera as sprints planning, determina as prioridades e cria o backlog de produto. Faz, ainda, ajustes de rota na sprint, aprova funcionalidades desenvolvidas e dialoga e gerencia as expectativas dos stakeholders.
  • Scrum master: orienta o projeto em termos de agilidade, dando suporte e apoio à sua construção em comum com o time, ajuda a eliminar restrições e impedimentos além de elevar a prática do Scrum.
  • Membros: inclui desenvolvedores, designers UI e UX, arquitetos, entre outros profissionais, que são os executores das atividades na construção das entregas.

Em geral, um Sprint tem duração de 2 a 5 semanas. Dentro desse processo, há construção de backlog do Sprint, estimando tempo, distribuindo demandas e fazendo reuniões diárias para inspecionar o andamento do projeto. Outra ação necessária é o Sprint review, que mostra as funcionalidades do Sprint ao PO, usuários e stakeholders para colher feedbacks.

Todo o andamento do backlog da sprint é gerenciado em um Scrum board, inspirado no Kanban. Ele mostra a evolução das tarefas até a conclusão.

2. Scrumban

Scrumban acaba sendo um misto de dois métodos, que tem se tornado muito usada pelas organizações. Trata-se da junção da ideia de fluxo contínuo com a de ciclos de incremento definidos – os sprints.

Na prática, o Scrumban tem poucas alterações na comparação com o Scrum. Todos os sprints continua a ser iniciados com um planning, que será inspecionado e ajustado nas reuniões diárias para, então, ser validada com stakeholders e analisada pela equipe na retrospectiva.

Métricas típicas do Lean podem ser incorporadas, como o CFD, por exemplo. Além disso, práticas típicas do Kanban podem entrar. Alguns exemplos são:

  • Dar visibilidade ao fluxo
  • Limitar o WIP (work in progress)
  • Gerenciar ativamente o WIP, criando mecanismos para desbloquear o backlog e resolver gargalos;
  • Estabelecer critérios para que cards sejam puxados, etc.

 

3. Kanban

O Kanban deriva de uma ideia que surgiu na fábrica da Toyota, na década de 50. O objetivo era eliminar os desperdícios e aumentar o nível de flexibilidade na indústria. Para isso, os fluxos começaram a ser traduzidos por meio de cartões.

No universo de desenvolvimento de softwares, em 2007, David Anderson consagrou a prática como uma metodologia ágil. A partir daí, quem adotava essa abordagem precisava de um quadro de listas, no qual as tarefas eram escritas e separadas de acordo com seu estágio de maturação.

A forma mais básica do Kanban tem três listas com os cartões: a de tarefas por fazer, a de tarefas em andamento e a de tarefas concluídas.

Cada cartão é uma atividade a ser puxada para a lista seguinte, funcionando como uma fila. Parece simples, mas esta ferramenta permite a visualização de todo o fluxo de trabalho e estabelece ritmos. Com isso, há entregas mais frequentes e melhor performance do time. Este modelo é muito utilizado em organizações que evoluíram para DevOps, já que  o fluxo mapeado pelo métodos Kanban, se estende até operação permitindo adaptar métodos como Scrum, orientado a capacidade, em um fluxo continuo como p proposto no Lean. Esta possibilidade traz uma serie de benefícios, como uma cultura mais colaborativa, foco em resultados, eliminação de desperdícios, automação de atividades repetitivas, maior responsabilidade pelos resultados, e fundamentalmente, qualidade intrínseca do trabalho e resultados.

4. Lean startup

O lean startup, conceito fundado por Eric Ries, pode ser resumido em um ciclo “construir-medir-aprender”. Ele é mais aplicado ao empreendedorismo, ou seja, à transformação de ideias em produtos.

Para fazer isso, desenvolve o conceito de MVP, que cumpre um papel fundamental para esse encurtamento e aceleração.

MVP é algo mais avançado que um protótipo, porque é funcional, desperta o interesse e gera valor real para os usuários. Entretanto, ele deve ter o mínimo de complexidade, o menor esforço e o menor custo de desenvolvimento possíveis.

O objetivo, aqui, é lançar e testar o produto o mais rapidamente possível para coletar feedbacks, que ajudam a continuar a incrementar o produto ou a pivotar a estratégia.

Lean Inception, inclusive, parte da abordagem de Lean startup e ajuda a desenvolver o roadmap de um MVP.

Trata-se de um workshop colaborativo de cinco dias com profissionais de produto e stakeholders que avalia a visão do produto, personas, funcionalidades e jornadas dos usuários, cujo resultado é um MVP Canvas.

Metodologias ágeis são grandes aliadas do desenvolvimento de software. Cada um dos quatro apresentados aqui ressalta o planejamento, o fluxo e a qualidade do código. O melhor de tudo é que, em alguns casos, eles podem ser mesclados para melhores resultados. O DevOps é um exemplo deste resultado.

E você? Sua organização já usa alguma delas? Vale a pena conhecê-las melhor e entender qual se adapta à realidade do seu negócio!

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